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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Revisão: Batman The Killing Joke

 Batman The Killing Joke foi publicando em março de 1988 e re-lançado em março de 2008 .

Havia esses dois cara num manicômio...

 Assim como Tim Burton tomo a liberdade de escrever que este foi o primeiro quadrinho com o qual eu me apaixonei, com desenhos brilhantes de Brian Bolland e uma estória impecável de Alan Moore, The Killing Joke conta uma das várias origens do nosso amado Coringa.

 Eu realmente adoro ler qualquer quadrinho em sua edição hardcover, adoro como as cores ficam mais vibrantes, como os desenhos ganham vivacidade e claro, como ele fica bonito na minha estante.
 Com o The Killing Joke ou a Piada Mortal, não é diferente, além de todas essas características ele  conta com algumas surpresas como o fato de ser completamente re-colorido pelo próprio Brian Bolland, não que o trabalho do John Higgins tenha sido ruim, longe disso! Creio que quando o próprio artista que desenha o quadrinho também o colore temos um trabalho completamente diferenciado e vibrante.



Yup, O próprio Brian serviu de modelo pra capa.
 Qual é a formula para um dia ruim? Para alguns pode ser: sair em um dia chuvoso sem guarda chuva, bater o carro, ser demitido, a morte de um ente querido, etc...Para o Coringa, um dia ruim é a única coisa que separa o mais são dos homens de um completo lunático.
 Para comprovar a sua teoria ele vai até a casa do Comissário Gordon, atira em sua filha a deixando paraplégica e sequestra o próprio.
 Enquanto isso, ao longo de vários Flashbacks acompanhamos as lembranças de uma vida que talvez tenha sido a de Coringa, um homem que luta para sobreviver em uma Gotham injusta com poucas oportunidades, um comediante fracassado que ainda viria a entender a grande piada da vida. Desesperado, a procura de dinheiro para sustentar seu lar, ele se vê obrigado a tomar medidas rápidas, um grande crime, um roubo tão grande que lhe rendesse dinheiro para o resto da vida.

 Assim como a ligação entre a máscara do Batman e os medos de Bruce Wayne, a "maquiagem" do Coringa está ligada com suas emoções e ao seu passado, talvez o constante sorriso que há em sua face seja o único sorriso que ele consegue expressar após uma vida tão triste. Esse tipo de comparação, mostra como o Coringa é um espelho da figura do Batman, ele é personificado pela alegria, a risada, a piada enquanto o outro é o medo e a seriedade, vemos em alguns momento o Batman questionando a necessidade da batalha, e a necessidade do conflito.

 Gordon é levado ao parque de diversões e lá é despido por figuras aterrorizantes, chamadas pelo próprio Brian de Evil Dwarves, assim ele embarca em um passeio pelo Trem Fantasma, onde é constantemente torturado pelos Evil Dwarves, pela voz do Coringa e finalmente por fotos de Bárbara nua, logo após ter sido baleada. Toda essa tortura mental tem como único propósito enlouquecer Gordon e assim comprovar que o Coringa é um homem como qualquer outro.
 A mulher do comediante morre na noite do grande roubo, forçado a continuar com o plano ele é persuadido a se vestir como o Capuz Vermelho e assim guiar os ladrões pela fábrica de produtos químicos, provavelmente o disfarçe seria uma tentativa de desviar a atenção dos bandidos, criar uma isca mais chamativa, infelizmente eles são surpeendidos pelos seguranças do local e fogem o mais rápido que podem. O comediante desatento e em pânico cai em uma piscina de resíduos químicos, e quando sai, vê seu rosto completamente desfigurado, pele esbranquiçada, lábios esticados e cabelo completamente verde e assim, nasce o Coringa.

 De volta ao presente, Bárbara está segura e sob tratamento no hospital equanto Batman chega a tempo de resgatar o Comissário. Para surpresa de Coringa, o comissário ainda se mantinha são, como resultado disso pediu ao Batman que o capturasse de acordo com a lei e não de acordo com seus próprios parâmetros.
 Isso nos leva a perseguição e ao diálogo final, em que Batman expressa seu descontentamento com esse jogo de Gato e Rato, que o coringa não precisa viver dessa forma, que ele pode se unir a ele e recuperar sua sanidade, infelizmente já é muito tarde para o Coringa oque o faz lembra de uma velha piada...

" Havia esses dois caras num manicômio e uma noite eles decidiram que não queriam mais viver lá, eles decidiram que iriam escapar! Então eles subiram até o telhado e logo após um vão estreito eles avistaram os telhados da cidade, se espalhando na luz do luar, se espalhado até a liberdade. Agora o primeiro cara, ele pula sob o vão sem nenhum problema. Mas o amigo dele, teve medo demais pra tentar fazer o salto, veja bem ele tem medo de cair. Então o primeiro cara tem uma idéia, ele diz "Hey eu tenho a minha lanterna comigo! Eu ilumino a passagem entre o vão e os telhados assim você pode andar junto ao feixe e se juntar a mim. Porém o segundo cara só balança a cabeça e diz.."V-você tá pensando oquê que eu sou maluco? Você desliga quando eu tiver na metade do caminho.""


Ainda, contamos ao final das páginas com a re-publicação de An Innocent Guy, originalmente visto em Batman Black and White. Claro que como o próprio Coringa cita em um dos quadros,  ele se lembra de sua origem desse jeito as vezes de outro, se ele vai ter um passado que seja de múltiplas escolhas, então não devemos levar essa origem como absoluta. O único defeito de Batman The Killing Joke é ser um One shot*, confesso que ri junto com os dois no final do quadrinho.

One-shot (ou "um-tiro" - por ser uma leitura rápida) É um termo utilizado para mangás (quadrinhos, comics, banda desenhada etc) que contenham somente um capítulo não fazendo parte de uma série, seja ele curto e postado de uma só vez ou longo e postado em partes.
 
Fontes: Wikipedia, The Batman The Killing Joke.
Escrito por Paulo Ferreira



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